Os estudos apresentados neste volume examinam o entrelaçamento da corporeidade e da temporalidade na literatura brasileira a partir de perspectivas interdisciplinares. Os textos explicitam, em algumas narrativas, o protagonismo da própria doença e a relação ambivalente que se constrói entre pessoas doentes ou envelhecidas e seus antigos ‘Eus’. Neste contexto, são problematizados distintos modos de exclusão de corpos que, não sendo mais jovens ou ‘saudáveis’, são mantidos fora da esfera pública. O silêncio e a solidão, mas também a urgência de viver para contar, consistem muitas vezes nas forças motrizes das narrativas e dos poemas estudados.