Do different medico-scientific understandings of autoimmune inflammation, whose carriers disobediently promote the therapeutic use of immunostimulants, have the potential to destabilize the hegemony of the standard palliative treatment based on immunosuppression? Here I explore whether and how medical paradigms in Brazil develop and expand around immunopathologies through practices of exclusion and inclusion in the context of global circulation of knowledges, therapies, and regulatory frameworks. While focusing on concurrent immunotherapeutic models within biomedicine, I discuss aspects of legal-epistemological frictions that animate controversies in which distinct ways of co-producing medical evidence affect and are affected by the biomedical establishment.
Será que diferentes entendimentos médico-científicos a respeito de inflamações autoimunes, cujos porta-vozes promovem desobedientemente o uso terapêutico de imunoestimulantes, têm o potencial de desestabilizar a hegemonia do tratamento paliativo padrão baseado na imunossupressão? Neste artigo, exploro se e como os paradigmas médicos no Brasil se desenvolvem e se expandem em torno de imunopatologias através de práticas de exclusão e inclusão no contexto da circulação global de conhecimentos, terapias e diretrizes regulatórias. Ao focar em modelos imunoterapêuticos concorrentes dentro do campo da biomedicina, discuto aspectos de fricções jurídico-epistemológicas que animam controvérsias nas quais formas distintas de coprodução de evidências médicas afetam e são afetadas pelas elites biomédicas.