After a failed transition to democracy in the 1990s in Togo, the opposition took refuge in Ghana, outside of the regime’s reach. Why and how did the regime react to transnational dissent? Analyzing an unpublished RPT-produced press review and the opposition press in Ghana and Togo, Raunet argues that the Togolese regime used the foreign press, the language of legality, and the politics of belonging to consolidate itself and shape a public image of apparent legitimacy. She suggests that the skillful adaptation of legitimation narratives is key in understanding the “internal logic” of authoritarian regimes and their prospects of survival.
Après l’échec d’une transition démocratique au Togo dans les années 1990, l’opposition s’est réfugiée au Ghana, hors de la portée du régime. Comment et pourquoi le régime a-t-il réagi à la dénonciation du régime par l’opposition à l’étranger? Basé sur l’analyse d’une revue de presse produite par le RPT (non-publiée) et la presse de l’opposition, Raunet démontre que le régime togolais a utilisé la presse étrangère, le langage du droit, et le thème de l’identité pour consolider son pouvoir et forger une image publique de légitimité apparente. Cet article suggère que l’adaptation habile des récits de légitimité par les régimes autoritaires est clé dans notre compréhension de « leur logique interne » et pour leurs perspectives de survie.
Após uma transição falhada para a democracia no Togo, na década de 1990, a oposição refugiou-se no Gana, foram do alcance do regime. Por que motivos e como reagiu o regime a esta dissidência transnacional? Com base na análise de uma resenha de imprensa produzida pelo RPT (Rally of the Togolese People), que não chegou a ser publicada, e na imprensa de oposição do Gana e do Togo, Raunet argumenta que o regime togolês utilizou a imprensa estrangeira, a linguagem legalista e as políticas de pertença para se consolidar e criar uma imagem pública de aparente legitimidade. No texto sugere-se que a hábil adaptação das narrativas de legitimação é a chave para compreender a “lógica interna” dos regimes autoritários e das suas perspetivas de sobrevivência.